Com a confirmação de 80 casos da Febre Oropouche na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.
Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado estão capturando o vetor, o mosquito Culicoides forensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, para identificar se os animais estão infectados. Esse trabalho visa compreender melhor o cenário dessa doença na Bahia.
A diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, ressalta que desde o primeiro caso confirmado, a Sesab ficou em alerta. “Toda vez que falamos em agravo de interesse à saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma. É importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes.
Além disso, não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor. Ao aparecer qualquer sintoma, a pessoa deve buscar uma unidade de saúde.
A Febre Oropouche tem sintomas muito parecidos com os da dengue, como febre, dor no corpo e dores nas articulações. Não existe tratamento específico para a Febre Oropouche, sendo o manejo clínico focado no alívio dos sintomas.
A Secretaria reforça a importância do diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos e destaca ações de vigilância epidemiológica para monitoramento da situação.
Até o momento, foram confirmados 80 casos de Febre Oropouche em residentes dos municípios de Amargosa, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Ituberá, Jaguaripe, Laje, Maragogipe, Mutuípe, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Taperoá, Teolandia e Valença.
Reportagem: Dina Santos