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Nesta quinta-feira (31), o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou os ex-policiais militares Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018. Passados mais de seis anos do crime, o júri reconheceu a culpa dos réus pelos homicídios triplamente qualificados, em razão de motivo torpe, emboscada e falta de chance de defesa das vítimas. Além disso, foram condenados pela tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado, e pela receptação do veículo clonado utilizado na execução do crime.
As penas atribuídas pelo tribunal foram de 78 anos e 9 meses para Ronnie Lessa e 59 anos e 8 meses para Élcio de Queiroz, com base nos crimes cometidos. No entanto, os dois assinaram acordos de delação premiada que reduzem substancialmente o período de cumprimento das penas em regime fechado. Com esse acordo, Élcio poderá permanecer no regime fechado por, no máximo, 12 anos, enquanto Lessa terá 18 anos nesse regime, seguido por mais dois anos em semiaberto.
Como estão presos desde março de 2019, esse período será descontado do tempo total de reclusão, o que significa que Élcio poderá sair da prisão em 2031, enquanto Lessa terá a possibilidade de migrar para o regime semiaberto em 2037 e, posteriormente, poderá alcançar a liberdade total em 2039. Entretanto, o acordo de delação pode ser anulado caso seja comprovada alguma falsidade nas informações fornecidas que comprometam o andamento das investigações e a identificação de todos os envolvidos.
Por: Carla Telles