Marcelly Neves de Lima foi encontrada em Ramos por policiais do Departamento Geral de Polícia da Capital
Três pessoas foram presas, nesta quarta-feira, por venderem medicamento ilegal para emagrecimento rápido. Marcelly Neves de Lima foi encontrada em Ramos, na Zona Norte, por agentes do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC). Ela é apontada como chefe de uma quadrilha que prometia a perda de 10kg em apenas 15 dias. Na composição dos remédios havia inibidores de apetite e laxante.
A operação desta quarta recebeu o nome do produto vendido pelos criminosos: “Seca Máximo”. Ao todo, os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, em endereços da capital e na Região dos Lagos. O Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) também auxiliou na ação.
O trabalho da polícia começou após a denúncia de uma vítima, que pediu anonimato. Numa delegacia, ela contou ter comprado o medicamento e, logo após o seu uso, passou a ter fortes efeitos colaterais, como tonturas, vômitos, tremores e sudorese.
Além do depoimento, a vítima também levou o produto aos agentes, que foi apreendido e enviado à perícia, cujo resultado apontou substâncias como sibutramina (inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central) e Bisacodil (um laxante).
Com as investigações, os policiais chegaram à Marcelly Neves de Lima, apontada como chefe do grupo. Ela era a responsável por adquirir os remédios em farmácias e organizá-los em embalagens próprias, com o rótulo de “Seca Máximo”. A quadrilha fazia as vendas dos medicamentos pelas redes sociais, onde explicavam que os produtos eram 100% naturais, fitoterápicos, e capazes de um emagrecimento “milagroso”.
No WhatsApp, por exemplo, os criminosos tinham um grupo de venda chamado “Grupo Seca Máximo Oficial”. Nele, a polícia encontrou depoimentos de mulheres afirmando que tiveram efeitos colaterais após o uso dos medicamentos. Como resposta, receberam de Marcelly a afirmação de que seria “normal”, que o uso constante iria inibir a presença dos efeitos.
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